Contador Grátis Diário de Branco: março 2011

quinta-feira, março 3

Valeu a pena?(...)

(...)Tudo vale a pena

Se a alma não é pequena (...)

(Fernado Pessoa)

Bem pessoal, hoje, depois de tanto tempo sem postar, resolvi falar o que é fazer quatro anos de cursinho. Tudo bem que eu já falei sobre os primeiros anos aqui, mas hoje, depois que passei, sei que essa parte da história já chegou ao fim.

Quando resolvi fazer medicina, nunca imaginei que faria esse tempo todo de cursinho, e acho que se imaginasse iria me desesperar e talvez desistir. Entretanto com o passar dos anos a minha visão foi mudando, e hoje, acho que será (e foi) muito importante para a minha formação e até pro meu curso.

Em quatro anos, tantas coisas coisas mudam, tanta gente entra e sai da nossa vida. Nesse meu tempo, melhores amigas deixaram de ser melhores ou até amigas, outras voltaram, outros, antes desconhecidos, viraram seres tão importante.

Pessoal, no meu primeiro e segundo ano de cursinho, eu mal saia final de semana, não voltava tarde pra casa (tudo bem que fiz tudo por merecer, fui uma adolescente bem problemática), era completamente diferente do que sou hoje. Entretanto, aconteceram coisas essenciais para o meu amadurcimento, como meus pais morarem alguns meses em portugal. Momento em que, pela primeira vez, me vi tendo que lidar com problemas financeiros; educação de irmão, responsabilidades nunca antes colocadas ao meu cargo. Mas nesses dois anos, conheci pessoas maravilhosas, umas ainda próximas e outras não mais, entre aquelas se destacam duas pessoas em especial, Diêgo e Jonatas, amigos incondicionais até hoje. Sendo que pelo primeiro fui apaixonada no primeiro ano de cusinho e se tornou melhor amigo no segundo.

Já o terceiro foi o ano da revolução na vida, me rebelei, com meus vinte anos, achei que deveria finalmente ser dona do meu tempo e poder sair, voltar de madrugada, coisas que muitos jovens fazem e que eu não fazia. Nesse ano, entraram na minha vida outros muito especiais, entre eles destacam-se sem dúvida Minho, Dani e Babi. É claro que não posso esquecer do meu namorado, Rômulo, que conheci no ano anterior, no entanto foi essencial pra mim nesse ano em questão, afinal não é fácil aturar uma pré-vestibulanda já no terceiro ano de cursinho. Em 2009, formei o que sou agora, e acho que me conheci e me tornei mais eu, com a minhas próprias vontades e caminhos.

O ano passado, quarto ano de cursinho, foi importante por conta da responsabilidade e certaindependência financeira, pois comecei a dar aula, isso me fez tão bem, poder trabalha (já que não poderei durante o curso, ou pelo menos parcialmente). E ganhei muito mais respeito em minha casa, por exemplo. Apesar de ter tido algumas amarguras, como injustamente não ter entrado na UEFS, e achar que eu era realmente injustiçada e azarenta.

Bem, como já disse, tudo que me aconteceu, no final foi essencial para a minha vitória atual, se tivesse passado na UEFS ano passado não teria passado na UFBA nesse ano (o que sempre foi meu sonho maior), além de tantas outras coisas "ruins" que aconteceram comigo que no final deu certo.

Pois é, a moral da história é não desistir, não direi que não é pra não se abalar, porque em algumas situações, como a minha, as vezes o desanimo vem. Entretanto, cabe a cada um ser mais forte do que ele, e não deixar ser vencido. Perseverança é base pra muita coisa na vida.

Hoje posso dizer que ainda bem que fiz esses quatro anos (claro, que nunca quis isso), pois cada um deles valeu pro meu processo de amadurecimento e hoje sei que estou muito mais preparada para lidar com essa graduação tão pesada que é A MEDICINA.

Lembrem-se, tudo na vida é valido e também que "disciplina é liberdade"

Então, até o próximo post. Lembrando que a partir de julho, já terei novidades universitárias.