Contador Grátis Diário de Branco

quinta-feira, janeiro 27

O desfecho (finalmente)

Eu já estava achando que ia passar na UFC pelo sisu, pois ainda falava muito para ponto de corte chegar na minha pontuação. Entretanto, depois de tantas derrotas, rola ainda a incerteza. Até que nesse domingo minha mãe me liga falando que o mec antecipou o resultado e... eu tinha passado.

Foi algo muito estranho, eu não gritei como achei que iria gritar e nem me emocionei como achei que iria. Mas acho que a maior sensação foi a de alívio, pois a minha grande preocupação era a de que eu talvez não fosse fazer medicina porque um dia eu iria desistir. Era tudo muito incerto para mim, eu comentava com as pessoas as vezes, que era tudo uma incógnita, eu não sabia pra onde iria, e pior nem tinha certeza do que iria fazer. Até que com esse resultado eu finalmente tive a certeza de que ia fazer medicina, foi um alívio tremendo.

O mais estranho que eu fiz depois do resultado era, de vez em quando, do nada, começar a sorrir, rs.

O interessante, é que por conta do meu tanto tempo de cursinho, o meu caso já era de domínio público, todo mundo sabia da minha vida e todos sabiam do meu drama (não sabem o quanto eu odiava isso). No entanto, com o resultado, Deus e o mundo soube também, nunca recebi tanta ligação na minha vida, de gente estranha, parente distante e por aí.

É gente, eu finalmente venci essa etapa, finalmente serei universitária. Era bem desagradável, eu com 21 (agora 22) anos e todos meus amigos na universidade e eu aqui... na mesma coisa há cinco anos (terceiro ano mais 4 de cursinho).

No entanto, a minha maratona não terminou 100%, espero ainda o resultado da UFBA e UESC.

Como passei para o segundo semestre, ficarei esses seis meses dando aula, para juntar um dinheiro, e pretendo fazer novamente UFBA, UESC e tentar também a UFMG (me arrependi de não ter feito esse ano =/).
Além de ler todos os meus livros que me aguardam a anos e ler muito, muito filosofia, pois sinto falta de me aprofundar em determinados assunto não pré-vestibulandos; também assistir muitos, e muitos filmes e por último, mas não menos importante, tirar a minha carteira de motorista.


Ai, ai, me sinto como uma princesa que por anos sonhou com o príncipe encantado, e ele finalmente chegou.

Maratona

Bem, muitas coisas mudaram nesse intervalo de tempo. Só postei aqui na época do primeiro vestibular do ano o da Uesb (Universidade estadual do sudoeste da Bahia) 2010.2. No entando, tive muitas provas depois.
O próximo seria o enem, que eu não estava dando a menor atenção, já que queria passar na federal daqui, então não houve preparação para tal exame.

Mas a preparação mesmo foi para UFBA, respondi todas as provas (de todas as matérias) que o site disponibilizava, mais ou menos umas 7 provas que são muito grandes (a prova da UFBA é enorme), além de outros estudos.

Então, consegui passar pra segunda fase, com uma boa pontuação. Apesar de que, não sei o porque, eu não consegui estudar direito pra prova da segunda etapa, acabou que não fui muito bem na prova de química, mas creio que tenha ido muito bem na de biologia. Agora é só esperar, no final de semana sai o resultado.

Logo após a UFBA, no final de semana seguinte, fiz a prova para UESB 2011.1. Nessa fiquei em 28º lugar, mas adivinhem... não passei, pois concorro ao maravilhoso número de vagas: dez. Já que são apenas 20 vagas (frescura deles por conta do método PBL) e como não sou cotista concorro apenas à metade.

A próxima foi a UESC (Universidade estadual santa cruz) que é a minha segunda preferência, perde apenas pra UFBA. O curso de lá é muito bom, é nota máxima no enade, além de ser extremamente organizado e para melhorar, meu melhor amigo cursa lá, assim já terei muita ajuda e livros para pegar emprestado. Fiz a prova nos dias 16, 17 e 18 a minha média foi boa e bem possível de passar, mas dependo da redação e da prova aberta de português. E, por incrível que pareça, isso é bom, pois as pessoas que corrigiram a minha redação e as questões abertas, falaram que estavam boas.

Então, após isso tudo, teve o sisu. Lá vou eu procurar faculdade e tive alguns que o ponto de corte era menos do que a minha nota, entre elas preferi a UFC (Universidade federal do Ceará), de início minha escolha foi pelo campus do Cariri, pois o ponto de corte era mais baixo, depois, ao pesquisar sobre as cidades, percebi que Sobral seria bem mais interessante pra mim, pois fica mais perto da capital e assim mais fácil de pegar um avião pra casa (são cerca de 1580 km de distância). Então transferi pra lá...

Voltando...

Olá, tenho quase certeza que ninguém mais acompanha esse blog. Mas também né? Eu abandonei o coitadinho.
Naquela época eu estava sem tempo, muito perto dos vestibulares (Ufba principalmente), e como eu demorava muito aqui no computador quando postava. Então, comecei a enrolar, enrolar até que desisti.

No entanto, aconteceu algo excepcional: EU PASSEI.
Logo, finalmente meu blog será o que ele era no mundo das idéias: um blog para mostrar para os pré-vestibulandos a realidade do curso de medicina. Quem acompanhou o blog, sabe que como eu demoreeei a passar, eu passei a escrever um blog com a vida de uma pré-vestibulanda experiente.

P.S.: Pra quem estiver entrando pela primeira vez, aconselho olhar as postagem mais antigas primeiro.

sexta-feira, agosto 27

Disciplina


Olá pessoal. Hoje estou aqui porque estou orgulhosa comigo mesma e quero passar o bom exemplo, rs.
Como já disse, esse meu ano, em relação aos estudos, está de mau a pior. Depois de três anos
nessa vida, está bem difícil conseguir disciplina, a preguiça não deixa, o cansaço não deixa, as desculpas não deixam e por aí vai; mas semana passada eu "combinei" com uma pessoa de que segunda feira começaria a estudar, promessas que já fiz com dezenas, incluindo eu mesma (milhares de vezes), e nunca cumpri. Mas sem nenhum motivo aparente nessa semana eu consegui começar.
O grande marco de que eu realmente estava re-começando, foi o fato de ter começado estudando português, nesse ano só estudei português nas vésperas dos vestibulares; em segundo fiz uma redação, meu Deus eu fiz uma redação (e o mais estranho de tudo foi que eu gostei dela); depois estudei inglês (essas três matérias são as que não gosto); e deixei física por último, eu nunca faço isso, física é sempre a primeira matéria que estudo (a unica, muitas vezes).

Além disso tudo, essa semana teve outra coisa especial, estou conseguindo escrever redação sem ficar nervosa ou deixar tudo bagunçado, por um passe de mágica (ou por causa de um tal blog) perdi meu medo por redação. O que é um passo mais do que importante para eu passar no vestibular.
Realmente não entendo porque não conseguia me organizar bem, até que tenho um bom nível cultural e sei até que bem português. É, esse é um dos mistérios da minha vida, só espero que esse medo não volte.
Outra coisa legal, é que estou tendo um rendimento de 100% nos meus estudos, ou seja, tenho estudado todo o programado pela primeira vez no ano. Até pretendia postar no blog antes, mas queria esperar pelo menos quatro dias para saber se a mudança era verdadeira mesmo, não queria colocar aqui palavras vazias.
Este é o meu horário:

Essas "aula" são as aulas que eu ministro, com exceção da aula de redação que eu assisto.
Bem pessoal, estou feliz comigo mesma. Pelo menos agora sinto que não estou mais parada só vendo a minha última chance de fazer medicina passar e eu não.

Por hoje é só pessoal, vou tentar dá uma estudada em inglês aqui, mesmo a preguiça quase me consumindo. Boa noite!

"Aponta pra fé e rema".

sábado, agosto 21

Resumo: Grécia (período homérico e arcaico)

II- CIVILIZAÇÕES CLÁSSICAS.

As civilizações antigas grega e romana são denominadas de clássicas, devido ao fato de terem fornecido as bases fundamentais para a formação da cultura do mundo Ocidental em seus mais diferentes aspectos: filosófico, artístico, jurídico, político, lingüístico, etc.

1. Civilização Grega.

Para fins didáticos, convencionou-se dividir o processo histórico grego em quatro grandes períodos: Pré-Homérico; Homérico; Arcaico; Clássico e Helenístico.

Geograficamente, a Grécia se localiza no sul da Península Balcânica, e o seu território se divide em três grandes regiões: Grécia Continental. Grécia Peninsular e Grécia Insular. O relevo grego é montanhoso, o que dificultava a comunicações internas. A forma recortada do litoral facilita a comunicação com o mundo externo.

1.1-Período Pré-Homérico (séculos XX a XII a.C.)

Foi durante o denominado período Pré-Homerico em que se iniciou a formação do povo grego, com a chegada dos primeiros povos e com as primeiras formas de organização social naquela região da Península Balcânica.

Os primeiros povos indo-europeus[1] que chegaram na Grécia foram os aqueus, que dominaram os primitivos pelágios[2]. Os aqueus fundaram diversas cidades como Micenas, a mais famosa. Os habitantes de tal cidade entraram em contato com a ilha de Creta, surgindo à cultura creto-miceniana. Os micenianos dominaram os cretenses, destruindo Cnosos (capital cretense) em 1400 a.C. O segundo grupo a penetrar na Grécia foi formado por jônios e eólios (também indo-europeus). Os últimos a chegar foram os dórios, por volta do século XII. Os dórios destruíram a civilização creto-miceniana, determinando um retorno ao sistema gentílico[3].

1.2- Período Homérico (séculos XII a VIII a.C.)

A Ilíada e a Odisséia – obras atribuídas a Homero – foram, e de certa forma ainda são, fundamentais para o estudo do Período Homérico. Estudos especializados têm apontando para o reconhecimento de que essas obras são criadas pelo mesmo poeta. Provavelmente a Ilíada surgiu no final do século IX e a Odisséia, em meados do século VII. Em linhas gerais, a Ilíada trata da destruição de Tróia pelos gregos. O personagem mais importante desta obra é o herói Aquiles. A Odisséia narra as viagens de Ulisses de volta ao seu Reino na ilha de Ítaca, onde se encontrava a sua esposa Penélope, cercada de frustrados pretendentes.

No período Homérico, o modelo de organização social predominante foi o sistema gentílico, uma unidade de produção auto-suficiente; muito raramente os seus membros buscavam, fora da unidade, recursos para satisfazer suas necessidades. O principal elemento de tal sistema era a propriedade coletiva dos bens de produção, estabelecendo a igualdade entre os membros do genos e o princípio da hereditariedade do poder político. O culto aos antepassados era realizado pelo pater-famílias, uma espécie de patriarca, que exercia a chefia política e religiosa, também exercendo o direito consuetudinário.[4]

A desintegração do sistema gentílico foi gerado por um problema interno: o crescimento demográfico não foi acompanhado pelo crescimento da produção. O descontentamento proporcionado pela baixa produção levou ao individualismo e ao relaxamento dos vínculos familiares. O surgimento da propriedade privada com a apropriação do principal meio de produção –

a terra – por parte dos eupátridas [5], marcou o início da desintegração do sistema, apresentando como decorrências imediatas à divisão da sociedade em classes sociais – proprietários e não-proprietários – e os inevitáveis conflitos entre esses grupos.

O desaparecimento da unidade familiar criou condições para a formação de uma nova unidade política, através da união de frátrias[6] e tribos e da posterior aglutinação dos vilarejos. Essa nova unidade foi a Polis, a Cidade-Estado da Grécia Antiga. As Polis também foram um produto da luta de classes entre os proprietários e os não-proprietários, pois o novo espaço urbano era um centro de moradia e de defesa dos primeiros. A Cidade- Estado possuía três elementos característicos: a Acrópole (templo construído numa elevação ; a Ágora (praça central onde as pessoas se reuniam) e o Asty (mercado)).

No século VIII a.C., começou a colonização grega, atingindo: o litoral do Mar Negro; o sul do Mediterrâneo (Chipre e Delta do Nilo) e o sul da Itália e a Sicília, esta última chamada de Magna Grécia, devido a grande fertilidade de seu solo de origem vulcânica. Podemos elencar como fatores que levaram à colonização grega: a marginalização social devido à desintegração dos sistema gentílico; marginalização política das classes inferiores nas cidades gregas; crescimento populacional; redução da disponibilidade de terras agricultáveis; progresso técnico na navegação e espírito de aventura. Os primeiros colonos partiram por iniciativa própria. Posteriormente, as Cidades-Estados passaram a organizar expedições comandadas por um oikiste[7]. Os colonos mantinham com sua terra de origem um relacionamento cultural e econômico.



[1] Nome dado aos grupos humanos originários da Ásia central que se espalharam pela Europa e Índia desde o final do neolítico.

[2] Povo de origem desconhecida.

[3] Baseado em genos ou clãs, grandes famílias patriarcais.

[4] Justiça segundo a tradição.

[5] “Filhos do Pai”, indivíduos com maior proximidade de parentesco com o páter-famílias.

[6] Reunião de eupátridas pertencentes a antigos genos; irmandade.

[7] Chefe designado pelo governo das Cidades-Estados para guiar os colonos para as novas terras.






Esse é um início do resumo sobre grécia. Não fui eu que fiz, é um resumo do meu pai, ele é professor de história da UESB (universidade estadual do sudoeste da Bahia) e foi professor de cursinho por dezoito anos. O resumo é confiável.

O que vou ser quando crescer?

Bem pessoal, sexta passada estive na formatura de biologia de uma amiga minha. Chorei a beça, a maquiagem foi toda embora, chorei por diversos motivo: primeiro, foi a primeira amiga a se formar, isso é realmente emocionante (ela é graduada que legal!); segundo, quando eu vou me formar? 2017? 2018? 2016?; terceiro (e talvez pior), no que vou me formar? hoje tenho aquelas dúvidas de crianças "o que vou ser quando crescer?".
Pelo menos uma coisa tenho certeza: irei me formar em alguma coisa. Já estou melhor do que muitos brasileiros.
Como já disse aqui, essa é a minha última chance pra medicina, se perder vou pra área do direito ou alguma engenharia.



É eu sei, esse post foi meio sem gracinha, foi só um pequeno desabafo mesmo!